SAMUEL – Nada peço, conde de Bobadela. Exijo que não executeis a ordem de proscrição.
CONDE (com dignidade.) – Feriste-me no coração, sicário! Mas o coração, tu o disseste, é do pai que não está mais aqui. Esse que vedes, jesuíta, é o conde de Bobadela, governador deste Estado. Ordeno-vos que entregueis o tesouro da Companhia; e dou-vos esta noite para cumprirdes a minha ordem.
SAMUEL – Esta noite, dou-vos eu, conde de Bobadela, para refletir.
CONDE (imperativo.) – Ao primeiro toque d’alvorada aqui estarei.
SAMUEL (com altivez.) – Eu vos espero.