Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/18

Wikisource, a biblioteca livre

JOSÉ BASÍLIO – Que tinha isso?... A nossa regra proíbe com penas muito severas amar uma mulher, uma, entendes, Inês? Isto quer dizer que devemos amar a todas.

INÊS – Que heresia, santo Deus! E é um tonsurado quem diz semelhante coisa!

JOSÉ BASÍLIO – Não sou eu quem o diz, filha; é o mandamento: “Amar ao nosso próximo como a nós mesmos.” Tu és meu próximo, Inês; e eu estou tão próximo de ti que... (Ameaça beijá-la.)

INÊS – Sr. estudante!... Não se engrace; olhe que eu conto a frei Pedro!

JOSÉ BASÍLIO – Está bem; não vai a zangar, filha. Falemos de cousas urgentes. Onde encontrarei o doutor Samuel?

INÊS – Pergunta a quem não lhe sabe responder. Ainda há pouco procuraram por ele para ver um doente, e não lhe pude valer.