Página:O jesuita - drama em quatro actos.djvu/93

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CONSTANÇA (com arrufo.) – Fiz muito bem!... (Sorrindo.) Ele me escutou; depois sorriu. — “Tu o amas muito?”, perguntou-me. — “Como ao senhor”, respondi-lhe. Então sentou-me em seus joelhos e disse-me: — “Estou certo que o teu coração não escolheria um homem que o não merecesse. Se esse homem for digno de ti, como suponho, confiarei dele a tua ventura.”

ESTÊVÃO – Ah!... E chama a isso felicidade, minha Constança. Como seu amor se ilude! Julga-me digno de si, mas seu protetor, que vê com os olhos da razão, lhe falará outra linguagem, quando souber quem sou. (Daniel volta e sai.) CONSTANÇA – Por que não me deixa acabar? Disse-lhe que Estêvão é pobre; e sabe o que ele respondeu-me?

ESTÊVÃO – Adivinho.

CONSTANÇA – Não é o que pensa, não! Respondeu que a riqueza não vale uma alma nobre; que esta só Deus a dá e pode tirar; enquanto que a outra o homem