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VI

A MALHADA.

     Nos ultimos ramos, lá no tope do jacarandá, havia o sertanejo armado a rede, em que se emballava.

     Devia de achar-se mais de cem pes acima da terra ; e nessa grande altura, suspenso por duas finas cordas de algodão trançado, estava mais tranquillo do que si pousasse no chão, onde o poderiam incomodar a má companhia dos reptis e a visita de alguma fera.

     Ali, em seu pavilhão de verdura, grimpado nos ares, não tinha outros visinhos alem de uma jurity, que fabricara o ninho no proximo galho, e acabava de ruflar as azas à sua chegada para dar-lhe a boa-noite.

     Atravez do rendilhado da folhagem, como por entre os bambolins de fina escossia de uma recamera, o sertanejo recostado no punho da rede, que oscilava ao frouxo balanço, descortinava