da margem. No silencio sinto minha alma acordar-se embalada nas redes moles do sonho. É tão doce o sonhar para quem ama!
No que estará ela pensando agora? Cisma, e lembra-se de mim? Dorme e sonha comigo? Ou encostada na sua janela ao luar sente uma saudade por mim?
Macário ( passando): Penseroso! Boa noite, Penseroso! Que imaginas tão melancólico?
Penseroso: Boa noite, Macário. Onde vais tão sombrio?
Macário (sombrio): Vou morrer.
Penseroso: Eu sonhava em amor!
Macário: E eu vou morrer!
Penseroso: Tu brincas. Vi um sorriso nos teus lábios.
Macário: É um sorriso triste, não? Eu t'o juro pela alma de minha mãe, vou morrer.
Penseroso: Morrer! tão moço! E não tens pena dos que chorarão