Desentranhando os marmores de Phrugia,
Ou já rompendo ao bronze o escuro seio,
Justo era que mandasse a mão do artista
Teu nobre rosto aos evos.
Porque fosses maior aos olhos pasmos
Das nações do Universo, ó pai dos môlhos,
Ó pai das comesainas, em crear-te
Teu seculo esfalfou-se.
A tua vinda ao mundo preparárão
Os destinos, e acaso amiga estrella
Ao primeiro vagido de teus labios
Entre nuvens luzia.
Antes de ti, no seu vulgar instincto,
Que comião Romanos? Carne insossa
Dos seus rebanhos vis, e uns pobres fructos,
Pasto bem digno d'elles;
A escudella de páo outr'ora ornava,
Com o saleiro antigo, a mesa rustica,
A mesa em que, tres seculos contados,
Comêrão senadores.
E quando, por salvar a patria em risco,
Os velhos se ajuntavão, quantas vezes
Página:Phalenas.pdf/84
– 80 –