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Oh! que Soberana completa,
O Céo nos quiz outorgar!
E perante o mundo inteiro
Podemo-nos ufanar!
Rainha quanto aprazivel
Viver sempre ao lado vosso!
Ah! seria tal ventura,
Que decifral-a não posso!...
Mas é forçoso, que seja
Só Lisboa a mais ditosa ;
Resigna-te, Porto invicto,
Dá-te á mágoa pesarosa.
Recebei, regia familia,
Terno adeos de despedida,
E não vos olvide o amor,
Com que aqui foste acolhida.
Da capital os encantos,
Não vos façam olvidar
Os subditos portuenses,
Que ficam a suspirar!