cava e funda desde a porta do Marrare até ao
café de Moscow...
Mas aqui é que me apparece uma incoherencia inexplicavel. A sociedade é materialista; e a litteratura, que é a expressão da sociedade, é toda excessivamente e absurdamente e despropositadamente espiritualista! Sancho rei de facto, Quixote rei de direito!
Pois é assim; e explica-se. — É a litteratura que é uma hypocrita: tem religião nos versos, charidade nos romances, fé nos artigos de jornal — como os que dão esmolas para pôr no Diario, que amparam orphans na Gazeta, e sustentam viuvas nos cartazes dos theatros.
E fallam no Evangelho! Deve ser por escarneo. Se o leem, hãode ver lá que nem a esquerda deve saber o que faz a direita...
Vamos á descripção da estalagem; e acabemos com tanta digressão.
Não póde ser classica, está visto, a tal descripção. — Seja romantica. — Tambem não póde