e mentira tambem lá não cabem: e é a mais
portugueza traducção que creio que se possa fazer
d’aquelle ímmortal e evangelico hemystichio.
A maior parte das bellezas da litteratura actual
fazem-me lembrar aquellas formosuras que tentavam
os sanctos eremitas na Thebaida. O pobre
de Sancto Antão ou de S. Pacomio (Pacomio é
melhor aqui) ficavam imbasbacados ao princípio;
mas dava-lhe o coração uma pancada, olhavam-lhe
para os pés... — Cruzes maldicto! Os pés não
podia elle incobrir. E ao primeiro abrenuntio do
sancto, dissipava-se a belleza em muito fummo de
inxofre, e ficava o diabo negro feio e cabrum
como quem é, e sempre foi o pae da mentira.
Nada, nada, verdade e mais verdade. Na estalagem da Azambuja o que havia era uma pobre velha a quem eu chamei bruxa, porque emfim que havia de eu chamar á velha suja e maltrapida que estava á porta d’aquella asquerosa casa?
Havia lá ésta velha, com a sua môça mais môça mas não menos nojenta de ver que ella, e um velho meio paralytico meio demente que alli estava para um canto com todo o geito e traça