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A um Gérmen

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Começaste a existir, geléia crua,

E hás de crescer, no teu silêncio, tanto

Que, é natural, ainda algum dia, o pranto

Das tuas concreções plásmicas flua!


A água, em conjugação com a terra nua,

Vence o granito, deprimindo-o... O espanto

Convulsiona os espíritos, e, entanto,

Teu desenvolvimento continua!


Antes, geléia humana, não progridas

E em retrogradações indefinidas,

Volvas à antiga inexistência calma!...


Antes o Nada, oh! gérmen, que ainda haveres

De atingir, como o gérmen de outros seres,

Ao supremo infortúnio de ser alma!

(Outras Poesias, 8)