Alda (1893)

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Alva, do alvôr das limpidas geleiras,
Desta resumbra candidez de arômas...
Parece andar em nichos e redômas
De Virgens medievaes que fôram freiras.

Alta, feita no talhe das palmeiras,
A côma de ouro, com o setim das Cômas,
Branco esplendor de faces e de pômas,
Lembra ter azas e azas condoreiras.


Passaros, astros, canticos, incensos
Fórmam-lhe auréolas, sóes, nimbos immensos
Em torno á carne virginal e rara.

Alda faz meditar nas monjas alvas,
Salvas do Vicio e do Peccado salvas,
Amortalhadas na pureza clara.