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Alexandre

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Quem te cantara um dia a ambição desmarcada,
Filho da heráclia estirpe! e o clamor infinito
Com que o povo da Emátia acorreu ao teu grito,
Voando, como um tufão, sobre a terra abrasada!
Do Adriático mar ao Índus, e do Egito
Ao Cáucaso, o fulgor do aceiro dessa espada
Prosternava, a tremer, sobre a lama da estrada,
Ídolos de ouro e bronze, e esfinges de granito.
Mar que regouga e estronda, espedaçando diques,
- Aos confins da Ásia rica as falanges corriam, encrespadas de fúria e erriçadas de piques.
E do sangue, do pó, dos destroços da guerra,
Aos teus pés, palpitando, as cidades nasciam,
E a Alma Grega, contigo, avassalava a Terra!
(As Viagens,IV )