Alvíssaras, Funchal, da opressa frente
Aspeto
Alvíssaras, Funchal, da opressa frente
Arranca enfim o ramo d’acipreste;
As alvas roupas de alegria veste;
As faces banha de prazer veemente!
O flagelo tenaz da humana gente,
Mais terrível que fome, guerra e peste
Por decreto fatal de Mão celeste
A seu pesar te deixa em paz contente!
Era um «santo» Varão!... Viver devia
Lá no calado horror das mudas selvas,
Onde nem sequer visse a luz do dia;
Brutas feras tratar, manter-se em relvas,
Esse aborto da torpe hipocrisia,
O Bispo do Funchal, eleito d’Elvas.
Poema celebrando a partida do Bispo do Funchal, D. José da Costa Torres.