Anarda esculpida no coração lagrimoso

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Quer esculpir artífice engenhoso
Ũa estátua de bronze fabricada,
Da natureza forma equivocada,
Da natureza imitador famoso.

No rigor do elemento luminoso,
(Contra as idades sendo eternizada)
Para esculpir a estátua imaginada,
Logo derrete o bronze lagrimoso.

Assim também no doce ardor que avivo,
Sendo artífice o Amor, que me desvela,
Quando de Anarda faz retrato vivo;

Derrete o coração na imagem dela,
Derramando do peito o pranto esquivo,
Esculpindo de Anarda a estátua bela.