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Archivo nobiliarchico brasileiro/Barbacena (1º Visconde com grandeza e Marquez de)

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BARBACENA. (1º Visconde com grandeza e Marquez de) Felisberto Caldeira Brant Pontes Oliveira e Horta.

Nasceu no arraial de S. Sebastião, em Marianna, na Provincia de Minas Geraes, em 19 de Setembro de 1772.

Falleceu em 13 de Junho de 1842, no Rio de Janeiro.

Filho do Coronel Gregorio Caldeira Brant e de sua mulher D. Anna Francisca de Oliveira e Horta sua prima, ambos naturaes da Provincia de Minas Geraes; ella, filha do Coronel José Caetano Rodrigues Horta e de sua mulher, D. Ignacia Maria Pires de Arruda.

Casou em 1801, na Provincia da Bahia, com D. Anna Constança Guilhermina de Castro Cardoso, natural d′essa Provincia e filha do Coronel Antonio Cardoso dos Santos e de sua mulher D. Anna Joaquina de S. Miguel e Castro.

Sentou praça de cadete e, seguindo para Lisboa, frequentou o Collegio dos Nobres e matriculou-se na Academia de Marinha, d′onde sahiu após ter concluido o curso. Tendo direito ao posto de Capitão de Mar e Guerra aos 19 annos de idade e não lhe tendo sido conferido esse posto, devido á sua pouca idade, foi transferido para o Estado Maior do Exercito como Major e Ajudante de Ordens do Governador de Angola. Veio para o Brasil em 1808 com D. João VI, como Tenente-Coronel, e foi Inspector Geral das tropas da Bahia e Brigadeiro em 1811.

Foi Commandante em chefe das operações no Sul, em 1816, e Marechal de Campo.

Deputado á Constituinte em 1823, pela provincia da Bahia, foi Ministro do Imperio no 3º Gabinete de 1823, da Fazenda no 4º de 1825, e organisador do 8º Gabinete de 1829, occupando a pasta da Fazenda. Senador pela Provincia de Alagôas, em 1826, foi o emissario que tratou o reconhecimento da independencia do Brasil, em Londres, e n′essa occasião igualmente da emissão de um emprestimo. Em 1828 voltou á Europa levando em sua companhia como tutor a jovem Rainha D. Maria II e tambem para ajustar o casamento da Princeza D. Amelia de Leuchtenberg com S. M. o Imperador D. Pedro I, com a qual chegou ao Rio de Janeiro, em 1829. A elle se deve a introducção da vaccina jenneriana no Brasil em 1798.

Era Grande do Imperio, Gentil-Homem da Imperial Camara, Veador de S. M. a Imperatriz, Alcaide-Mór da villa de Jaguaripe, Cavalleiro da Real Ordem da Torre e Espada, Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa e do Cruzeiro, Commendador da I. Ordem de Christo e Grã-Cruz da Corôa de Ferro.

BRAZÃO DE ARMAS: Escudo esquartelado: no 1º e 4º as armas dos Caldeiras, — em campo azul uma banda de prata, entre duas flôres de liz de oiro -; no segundo, as dos Oliveiras, — em campo vermelho uma oliveira verde com fructos de oiro e raizes de prata -; no terceiro as dos Hortas, —em campo de oiro, um braço nú, posto fixo em faxa, no cabo do escudo com uma chave grande na mão, posta em pala, de sua côr, e o contra chefe ondeado de agua. (Brazão passado em 12 de Fevereiro de 1801. Reg. no Cartorio da Nobreza, Liv. VI, fls. 164v).

CORÔA: A de Marquez.

CREAÇÃO DO TITULO: Visconde com grandeza por decreto de 12 de Outubro de 1824. Marquez por decreto de 13 de Outubro de 1826.