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Archivo nobiliarchico brasileiro/Bom Retiro (Barão e Visconde com grandeza de)

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BOM RETIRO. (Barão e Visconde com grandeza de) D.r Luiz Pedreira do Couto Ferraz.

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 7 de Maio de 1818.

Falleceu em 12 de Agosto de 1886.

Filho do Desembargador Luiz Pedreira do Couto Ferraz e de sua mulher D. Guilhermina Amalia Correia Pedreira.

Doutor em Direito pela Faculdade de S. Paulo em 1839, n′ella foi professor em seguida. Presidiu as provincias do Espirito Santo em 1846, do Rio de Janeiro em 1848, até 1853. Foi Deputado Provincial á Assembléa do Rio de Janeiro em 1846 e á Assembléa Geral pelo Espirito Santo na 7ª, 8ª legislaturas, de 1848 a 1852 e pelo Rio de Janeiro na 9ª, 10ª, 11ª legislaturas, de 1853 a 1864. Era Desembargador aposentado e foi Ministro do Imperio no 12º Gabinete de 1853. Senador pelo Rio de Janeiro em 1867, Conselheiro de Estado Extraordinario em 1867 e Ordinario em 1871.

Era do Conselho de S. Magestade, Veador de S. M. a Imperatriz, Grande do Imperio, Gentil-Homem da Imperial Camara, foi Inspector Geral da Caixa da Amortisação, Presidente do Imperial Instituto Fluminense da Agricultura, socio fundador do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Grã-Cruz da Real Ordem de Christo e de Villa Viçosa de Portugal, Official da Imperial Ordem do Cruzeiro, Grande Official da Legião de Honra da França, Grã-Cruz da Ordem de Leopoldo da Belgica, de S. Mauricio e S. Lazaro da Italia, do Danebrog da Dinamarca e da I. Ordem de Christo. Era amigo particular de S. Magestade o Imperador, a quem acompanhou em suas viagens dentro e fóra do paix.

BRAZÃO DE ARMAS: Escudo esquartelado; no primeiro quartel, de góles, seis besantes de oiro (cada um delles cortado por tres fachas de negro), póstos em duas palas; no segundo, de prata, uma banda azul carregada de tres crescentes de oiro, entre dois leões de purpura, rompentes, que se defrontam; o terceiro, partido em pala, tendo na primeira, de prata, uma aguia bifronte, estendida, de negro; na segunda pala, de azul, cinco flôres de liz de oiro, póstas em santor; no quarto quartel um enxequetado de prata e góles; e por differença uma brica azul com uma estrella de prata.

CORÔA: A de Conde.

CREAÇÃO DOS TITULOS: Barão por decreto de 19 de Outubro de 1867. Visconde com grandeza por decreto de 10 de Julho de 1872.