As Doutoras/II/XIII

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Personagens: LUÍSA, MANUEL e MARIA PRAXEDES

LUÍSA — Lição fatal! Que lição fatal poderá ele dar-me?

MARIA — Minha filha, são tão feias essas brigas constantes entre seres que se devem estimar... adorar...

PRAXEDES — Sim, podem discutir... acho isso até muito bonito. Da discussão é que nasce a luz. Mas... est de modus in rebus...

LUÍSA — Desejava talvez que eu fosse uma mulher estúpida, ou vulgar, para que não ficassem na penumbra as prerrogativas da sua individualidade? Mas não, eu tenho uma missão a cumprir. Hei de cumpri-la. (Sentindo como que uma vertigem.)

MARIA — Outra vertigem, minha filha! Estás tão pálida!

LUÍSA — Não é nada.

PRAXEDES — Luísa! Luísa!

LUÍSA — Já passou! (Eulália entra e dirige-se a Luísa.)