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Brumosa

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Inglesa! Por toda a parte
Onde vás, chamam-te inglesa
E cobrem de pompas de arte
A pompa dessa beleza.

Mas tu, num soberbo encanto
De nevada e fria rosa,
Ó meu pálido amaranto!
Não és inglesa, és brumosa.

A tua carne alvorece
Em lactescências de opala,
Brilha, fulge e resplandece
E um fino aroma trescala.

És a límpida camélia
Nos jardins reais plantada
Ou essa lânguida Ofélia
Melancólica e nevada.

O teu corpo imaculado,
Flor de místicas origens,
Parece um luar velado
E lembra florestas virgens.

Com o teu amor ilumina
A minh’alma envolta em crepe,
Ó vaporosa neblina,
Ó branca e gelada estepe!