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Canta ao sol, como as cigarras

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Canta ao sol, como as cigarras
A tua nova alegria.
No Azul ressoam fanfarra
Da grande vida sadia.

Alerta, um clarim de alerta
Àquela antiga saúde:
— À clara janela aberta
Para o mar salgado e rude.

Que volte, ruidosa, agora,
Como um pássaro marinho,
A tua saúde, a aurora
Do teu sangue, estranho vinho.

E como espiga madura
Floresce outra vez a vida,
Resplandece à formosura,
Ó torre de ouro florida!

Quero-te em rosas festivas
A polpa das carnes brancas.
E rindo-te às forças vivas
Com rubras risadas francas.

Formosa, soberba e nua,
Nesse olhar que tudo abrange,
Na fronte um diadema, em lua
Num talhe curvo de alfanje;

Vem! o sol é teu amante!
Ah! vem mergulhar nos braços
Do flavo sultão radiante
Do harém azul dos espaços.