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Canto de Onipotência

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Cloto, Átropos, Tifon, Laquesis, Siva...

E acima deles, como um astro, a arder,

Na hiperculminação definitiva

O meu supremo e extraordinário Ser!


Em minha sobre-humana retentiva

Brilhavam, como a luz do amanhecer,

A perfeição virtual tomada viva

E o embrião do que podia acontecer!


Por antecipação divinatória,

Eu, projetado muito além da História,

Sentia dos fenômenos o fim...


A coisa em si movia-se aos meus brados

E os acontecimentos subjugados

Olhavam como escravos para mim!

(Outras Poesias, 29)