Christo no Golgotha
Aspeto
Ao martyrio da Cruz, de bens fecundo,
De Deus caminha o placido Cordeiro!
Em denso véu de trevas o luzeiro
Do dia se retrae com dó profundo.
Ao vozear do bando furibundo,
Treme do Golgotha o sagrado outeiro;
Dos rebatidos cravos do madeiro
Brotam faiscas, que dão luz ao mundo.
Alli, de sangue lagrimas vertendo,
Da Virgens a superna Magestade
Ao supplicio do Filho assiste horrendo!...
Cumprfe-se a pharisaica atrocidade:
Aos seus algozes o perdão dizendo,
Morre o Christo... e renasce a humanidade.
Notas
[editar]- ↑ MIRANDA, Antonio. Poesia em cartão postal antigo. [S. l.]: [s. n.], 2004. Disponível em: http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/poesia_cartao_postal/poesia_cartao_postal_index.html>. Acesso em: 21 abr. 2015.