Diccionario Bibliographico Brazileiro/Antonio Augusto de Queiroga
Antonio Augusto de Queiroga - Natural da provincia de Minas Geraes, nasceu na cidade do Serro em 1812 ou 1813 e falleceu em Diamantina no anno de 1835; formado em sciencias sociaes e juridicas pela faculdade de S. Paulo, exerceu a advocacia em Diamantina, merecendo applausos, sobretudo quando occupava a tribuna.
Era poeta, repentista admiravel e propendia muito para a satyra, como demonstrou em algnmas composições deste genero que escreveu, espirituosissimas, ridicularisando os costumes do logar. Não me consta que fizesse collecção de suas poesias, e dellas só conheço algumas publicadas em collecções de outros, como:
— O carrasco: ode —— Vem no Parnaso brazileiro de J. M. Pereira da Silva, tomo 2°, pags. 289 a 291.
— O retrato: cantata — ldem, pags. 291 a 293.
— Lyra: — Idem, pags. 293 a 295.
Estas tres composições tambem se acham no Florilegio da poesia brazileira, tomo 3.°
— A vida do estudante — No almanak litterario de S. Paulo, tomo 6°, pags. 233 a 236. E' datado de S. Paulo, 1833.
Ha de Queiroga um madrigal que vem nas obrás de Manoel Antonio Alvares de Azevedo, tomo 1º, pag. 46, seguido de uma imitação pelo mesmo Alvares de Azevedo; e n'um tumulo do cemiterio do Diamantina, de uma moça que se envenenára por uma paixão amorosa, se lê a seguinte quadra que elle ahi gravara:
Perdi por minha imprudencia
Uma vida transitoria.
Ganhei de um Deus, por clemencia,
Vida eterna, eterna gloria.
Queiroga foi um dos redactores da
— Recista da sociedade philomatica. S.Paulo, 1833.