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Diccionario Bibliographico Brazileiro/José da Rocha Leão

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José da Rocha Leão — Filho de José da Rocha Leão e dona Maria Clementina da Rocha, nasceu na cidade do Rio Grande, da provincia hoje estado de S. Pedro do Rio Grande do Sul, a 25 de setembro de 1823. Depois de ter feito parte do curso medico na faculdade da côrte, deixou-o e passou a servir como amanuense da Junta central de hygiene publica e tambem da Junta vaccinica, esta creada pelo regulamento de 17 de agosto de 1846 que reformou o Instituto vaccinico do imperio, e aquella por decreto de 14 de setembro de 1850. Exerceu estes cargos por muitos annos e depois nenhuma noticia mais tive a seu respeito. Membro da sociedade Auxiliadora da industria nacional e de outras, collaborou em varios jornaes e revista, como o Jornal do Commercio, Gazeta de Noticias, Sul-Mineiro, Marmota da Còrte, Revista Popular e Revista Brazileira, a segunda deste titulo publicada no Rio de Janeiro de 1857 a 1861 trimensalmente por Candido Baptista de Oliveira (veja-se este nome). Escreveu:

Typos e romances: por Leo Junius. Rio de Janeiro, 1858, 238 pags. in-8º — Contém o livro: A cruz de fogo; O lyrio do sepulchro; As mulheres perdidas, escripto este que foi antes publicado no Jornal do Commercio e depois, em 1859, na Marmota. Mais tarde em 1862, foi publicada:

A cruz de fogo no Sul-Mineiro, ns. 116, 117, 118, 121, 122 e 125.

Os libertinos e tartufos do Rio de Janeiro: polygraphia por Leo Junius. Rio de Janeiro, 1860, 131 pags.

As mulheres perdidas: typos contemporaneos. Rio de Ja·neiro, 1864-1866, tres vols. de 142, 142 e 109 pags. in-12° — O primeiro volume, sendo logo esgotada a edição, foi reimpresso no mesmo anno, sendo por isso tirado maior numero de exemplares dos seguintes:

As preciosas celebres. Rio de Janeiro....

Os amores da brazileira (leitura côr de rosa), romance. Rio de Janeiro, 1877, in-8.°

Os mysterios do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro — Tiveram tres edições, sendo a ultima de 1881, em fasciculos.

Os subterraneos do morro do Castello, seus mysterios e tradicções. Rio de Janeiro, 1878, 126 pags. in-8° com duas estampas.

Pedro Americo: galeria brazileira. Rio de Janeiro, 1871, in-12.°

A′ memoria de meu extremoso filho, etc. Rio de Janeiro, 1884 1 fl. — E′ um escripto por occasião da morte de um filho do autor. Entre seus trabalhos em periodicos se acham:

Aguas mineraes do Brazil — Na Revista Popular, tomo 5º, pag, 69; no Observador Medico-cirurgico, 1860, ns. 4, 5 e 6, e no Guarany, 1871.

Sobre a origem dos bancos — No Jornal do Commercio, 1855, ns. de 8 e 31 de outubro e n. de 9 de novembro, assignado por L.

O theatro lyrico — Idem, n. de 25 de março de 1856, por L.

Folhas soltas. Diario de um sceptico — Na Revista Brazileira n. 22, de novembro de 1859, e antes disso no Diario do Rio de Janeiro de 24 de agosto de 1855, assignado por R.

As flores e seus perfumes — naquella revista n. 23, assignado por Leo Junius. Deste pseudonymo usou Rocha Leão em quasi todos os seus escriptos.