Enclausurada
Aspeto
ENCLAUSURADA
Ó Monja dos estranhos sacrificios,
Meu amor immortal, Ave de garras
E azas gloriosas, triumphaes, bizarras,
Alquebradas ao peso dos cilicios.
Reclusa flôr que os mais revéis flagicios
Abalaram com as tragicas fanfarras,
Quando em fórmas exóticas de jarras
Teu corpo tinha a embriaguez dos vicios,
Para onde foste, ó graça das mulheres,
Graça viçosa dos vergéis de Céres,
Sem que o meu pensamento te persiga?!
Por onde eternamente enclausuraste
Aquella ideal delicadeza de haste,
De esbélta e fina atheniense antiga?!