Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Eterna Magua: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Sem resumo de edição |
(Sem diferenças)
|
Revisão das 10h16min de 17 de julho de 2006
O homem por sobre quem caiu a praga
Da tristeza do Mundo, o homem que é triste
Para todos os séculos existe
E nunca mais o seu pesar se apaga!
Não crê em nada, pois, nada há que traga
Consolo á Mágoa, a que só ele assiste.
Quer resistir, e quanto mais resiste
Mais se lhe aumenta e se lhe afunda a chaga.
Sabe que sofre, mas o que não sabe
E que essa mágoa infinda assim, não cabe
Na sua vida, é que essa mágoa infinda
Transpõe a vida do seu corpo inerme;
E quando esse homem se transforma em verme
E essa mágoa que o acompanha ainda!
(Eu, 51)