Terra de Jecas: diferenças entre revisões

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=Menosprezo a Cascavel fez Sandálio decidir=
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Certa vez, amigos de Sandálio dos Santos tomaram conhecimento dos repetidos convites feitos por Nhô Jeca para que se estabelecesse na Encruzilhada. O deboche desse pessoal, em tomo de uma fogueira na roda do chimarrão, acabou irritando Sandálio, que ouviu dizer da Encruzilhada ser “uma terra de jecas”.
Certa vez, amigos de Sandálio dos Santos tomaram conhecimento dos repetidos convites feitos por Nhô Jeca para que se estabelecesse na Encruzilhada. O deboche desse pessoal, em tomo de uma fogueira na roda do chimarrão, acabou irritando Sandálio, que ouviu dizer da Encruzilhada ser “uma terra de jecas”.


Naquele momento a decisão lhe veio de estalo: iria para a vilazinha dos jecas e ajudaria a transformar o sonho de [http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Silv%C3%A9rio_de_Oliveira José Silvério de Oliveira ] em realidade.
Naquele momento a decisão lhe veio de estalo: iria para a vilazinha dos jecas e ajudaria a transformar o sonho de [[w:José Silvério de Oliveira|José Silvério de Oliveira]] em realidade.


Logo ao chegar a Cascavel, Sandálio dos Santos foi assumindo todas as tarefas que requeriam maior capacidade intelectual e discernimento. Começou como professor, tornou-se escrivão, policial e até mesmo médico, tendo curado centenas de pessoas manipulando uma coleção intitulada O Conselheiro Médico do Lar, do dr. Humberto O. Swartout, que o médico improvisado qualificava de “excelente”.
Logo ao chegar a Cascavel, Sandálio dos Santos foi assumindo todas as tarefas que requeriam maior capacidade intelectual e discernimento. Começou como professor, tornou-se escrivão, policial e até mesmo médico, tendo curado centenas de pessoas manipulando uma coleção intitulada O Conselheiro Médico do Lar, do dr. Humberto O. Swartout, que o médico improvisado qualificava de “excelente”.
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[[Imagem:Santos,_Eudes_-_D_Pedro_7.9.73_Gpo_esc_de_Cascavell.jpg|esquerda|]]'''''EUDES, FILHO DE SANDÁLIO, REPRESENTA D. PEDRO EM PARADA DE 7 DE SETEMBRO'''''
[[Imagem:Santos,_Eudes_-_D_Pedro_7.9.73_Gpo_esc_de_Cascavell.jpg|esquerda|]]'''''EUDES, FILHO DE SANDÁLIO, REPRESENTA D. PEDRO EM PARADA DE 7 DE SETEMBRO'''''






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(Fonte: Alceu A. Sperança, jornal '''O Paraná''', seção dominical ''Máquina do Tempo'')
(Fonte: Alceu A. Sperança, jornal '''O Paraná''', seção dominical ''Máquina do Tempo'')

'''Leia mais'''

[http://pt.wikisource.org/wiki/Cascavel HISTÓRIA DE CASCAVEL]

Revisão das 13h19min de 5 de agosto de 2006

Menosprezo a Cascavel fez Sandálio decidir

Certa vez, amigos de Sandálio dos Santos tomaram conhecimento dos repetidos convites feitos por Nhô Jeca para que se estabelecesse na Encruzilhada. O deboche desse pessoal, em tomo de uma fogueira na roda do chimarrão, acabou irritando Sandálio, que ouviu dizer da Encruzilhada ser “uma terra de jecas”.

Naquele momento a decisão lhe veio de estalo: iria para a vilazinha dos jecas e ajudaria a transformar o sonho de José Silvério de Oliveira em realidade.

Logo ao chegar a Cascavel, Sandálio dos Santos foi assumindo todas as tarefas que requeriam maior capacidade intelectual e discernimento. Começou como professor, tornou-se escrivão, policial e até mesmo médico, tendo curado centenas de pessoas manipulando uma coleção intitulada O Conselheiro Médico do Lar, do dr. Humberto O. Swartout, que o médico improvisado qualificava de “excelente”.


Sucesso comunitário

Em breve os conselhos de Sandálio dos Santos a Silvério começaram a produzir resultados e da pequena vila começava a emergir uma cidade. Um a um, os benefícios urbanos foram chegando: distrito policial, vôos do Correio Aéreo Nacional, conquista do posto telefônico até então localizado em Colônia Lopeí, criação da primeira escolinha e da primeira capela religiosa, visitas semestrais do pároco iguaçuense monsenhor Guilherme Maria Thiletzek, nomeação de professores, designação de policiais e uma atuação política exemplar junto ao governo interventorial e à Prefeitura de Foz do Iguaçu, sendo criado, já em 1936, o Patrimônio Municipal de Aparecida dos Portos.

Ficheiro:Santos, Eudes - D Pedro 7.9.73 Gpo esc de Cascavell.jpg

EUDES, FILHO DE SANDÁLIO, REPRESENTA D. PEDRO EM PARADA DE 7 DE SETEMBRO


Cascavel, acertadamente, homenageia a memória de Sandálio dos Santos com a denominação de sua Biblioteca Pública Municipal. Homenagem justa a quem amava os livros e exerceu conscientemente a missão de ensinar. A Biblioteca Pública de Cascavel foi criada em 1964 pelo prefeito Octacílio Mion. Quando, em agosto, Sandálio morreu, foi proposto seu nome para a biblioteca, mas quem assinou a lei oficializando a Biblioteca Pública Municipal Sandálio dos Santos foi o prefeito Odilon Reinhardt, em 1965

(Fonte: Alceu A. Sperança, jornal O Paraná, seção dominical Máquina do Tempo)