Ecos da minh'alma/A morte de D. Julia Fetal
Aspeto
A' LAMENTAVEL MORTE DE D. JULIA FETAL.
SONETO.
Estavas, bella Julia, descansada,
Na flôr da juventude e formosura,
Desfructando as caricias e ternura
Da mãe que por ti era idolatrada.
A dita de por todos ser amada
Gozavas, sem prever tu’alma pura,
Que, por mesquinho fado, á sepultura
Brevemente serias transportada!
Mas ah! de um insensato a dextra forte
Dispara sobre ti, Julia querida,
O fatal tiro, que te deu a morte!...
Dos olhos foi-te a luz amortecida,
E do rosto apagou-te iniqua sorte
A branca e viva cór co'a doce vida. [1]