Uma de duas obras em português do Cancioneiro de Uppsala, um cancioneiro espanhol publicado em 1556.
164414Falai meus olhosAnónimo
(ortografia original)
Falai meus olhos si me quereis beñy,
Como falarà quin tempo non teñy.
Deseyo falaruos
Miñ alma, scuitayme.
Non posso olvidaruos,
Miñ alma falayme.
Bivo deseyando a vos miño beñy
Como falarà quin tempo non teñy.
(ortografia atualizada)
Falai, meus olhos, se me quereis bem,
Como falará quem tempo não tem?
Desejo falar-vos,
Minh'alma, 'scutai-me.
Não posso olvidar-vos,
Minh'alma, falai-me.
Vivo desejando a vós, meu bem,
Como falará quem tempo não tem?