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Fruta silvestre

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Mas... como a fruta assim madura cheira!...
Do Éden pisou-se a rútila soleira,
— Larga esmeralda; — estava aqui conosco

A natureza, a cega companheira:
Cantava o rio, o pássaro, a balseira...
Para nós era a pedra um fulcro tosco.

E o nosso sangue ali também gorgeava:
Tapava um riso as voltas do caminho;
A luz das franças pelo cimo espiava,
E do ar nos via o odor do rosmaninho...

Eu nos braços em círculo a apertava:
Ela caía um pouco em desalinho...
Eu a beijava e ela me beijava...
A selva toda parecia um ninho.