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Gente alegre

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Lá no imo da barreira
Como um santinho no nicho
Permanece a água pura.

E está fechada a porteira
Para lá não descer bicho.
Um espeque é fechadura.

Pelas veredas tortuosas,
Com cabeças de água cheias,
Num vozear de sereias
Vão indo as cunhãs formosas

Não usam roupas custosas,
Calçam tamancos sem meias,
E trazem sangue nas veias,
E têm as bocas de rosas.