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Lubricidade (1893)

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Quizéra ser a sérpe venenosa
Que dá-te medo e dá-te pezadellos
Para envolver-me, ó Flôr maravilhosa,
Nos flavos turbilhões dos teus cabellos.

Quizéra ser a sérpe velludosa
Para, enroscada em multiplos novellos,
Saltar-te aos seios de fluidez cheirosa
E babujal-os e depois mordêl-os...


Talvez que o sangue impuro e flammejante
Do teu languido corpo de bacchante,
Da langue ondulação de aguas do Rheno

Estranhamente se purificasse...
Pois que um veneno de áspide vorace
Deve ser morto com igual veneno...