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Mágoas

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Quando nasci, num mês de tantas flores,

Todas murcharam, tristes, langorosas,

Tristes fanaram redolentes rosas,

Morreram todas, todas sem olores.

Mais tarde da existência nos verdores

Da infância nunca tive as venturosas

Alegrias que passam bonançosas,

Oh! Minha infância nunca tive flores!

Volvendo ã quadra azul da mocidade,

Minh'alma levo aflita à Eternidade,

Quando a morte matar meus dissabores.

Cansado de chorar pelas estradas,

Exausto de pisar mágoas pisadas,

Hoje eu carrego a cruz de minhas dores!