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Marília de Dirceu/I/XX

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Era uma frondosa
Roseira se abria
Um negro botão.
Marília formosa
O pé lhe torcia
Com a branca mão.

Nas folhas viçosas
A abelha enraivada
O corpo escondeu.
Tocou-lhe Marília;
Na mão descuidada,
A fera mordeu.

Apenas lhe morde,
Marília, gritando,
C'o dedo fugiu.
Amor, que no bosque
Estava brincando,
Aos ais acudiu.

Mal viu a rotura,
E o sangue espargido,
Que a Deusa mostrou;
Risonho beijando
O dedo ofendido,
Assim lhe falou:

"Se tu por não tão pouco
O pranto desatas,
Ah! Dá-me atenção;
E como daquele
Que feres e matas
Não tens compaixão?"