Memórias da Rua do Ouvidor/X

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Como depois de se provar com a história a antiga predileção dos franceses pelo Rio de Janeiro, vem a reconhecer-se que somente entrando à sombra das francesas podiam firmar se aí. Como, desde 1817, havia no Rio de Janeiro franceses negociantes, e francesas modistas e nenhum e nenhuma na Rua do Ouvidor; para a qual de súbito e com aparente mas não verdadeiro acordo, fogem todas as modistas, e à sombra das francesas logo negociantes franceses. Como a época de florescimento e de glória da Rua do Ouvidor é marcada pela hégira das modistas francesas, que espantaram e fizeram mudar se da mesma rua os negociantes ingleses; refere-se a tradição (não bem averiguada) de Mr. (mister!...) Williams e de Mlle Lucy. Como, enfim, a rainha - moda de Paris - entroniza-se na Rua do Ouvidor, que se alinda e resplende e encanta a sociedade fluminense com o prestígio das vidraças, cuja importância se demonstra. A Rua do Ouvidor entra nos grandiosos horizontes do seu império da moda.

Os franceses tiveram sempre manifesta predileção pelo Rio de Janeiro.

Em 1555 ocuparam a grandiosa baía de Niterói, fundaram colônia, projetaram a Henry-ville; sonharam com a sua França Antártica; mas depois de muito brigar foram em 1567 lançados pela barra afora pelos portugueses.

Em 1710, capitaneados por Duclerc em atrevida expedição, desembarcaram na Guaratiba e avançaram por terra a conquistar a cidade; mas, combatidos e atropelados por estudantes e populares (porque o Governador Francisco de Castro Moraes se conservava no quartel da saúde) meteram-se, enfim, no trapiche da cidade, onde se entregaram todos prisioneiros, ou foram todos apreendidos, como fazenda de contrabando.

Em 1711, comandados por Duguay-Trouin, forçaram com poderosa esquadra a barra do Rio de Janeiro, e graças à incapacidade e covardia daquele mesmo governador ocuparam no fim de poucos dias a cidade, que as tropas, e atrás delas todos os habitantes, em uma noite abandonaram; mas, depois de saque geral dos conventos, das igrejas e das casas, desconfiando, com razão, de subseqüente fortuna contrária, restituíram a Sebastianópolis a preço de contado por desbriosa (não para eles) transação que se chamou resgate, e puseram-se ao fresco, antes que os despedissem a fogo.

Um século e cinco anos mais tarde, em 1816, vieram os artistas franceses; creio, porém, que M. Le Breton com eles nunca chegaria a plantar predominante influência francesa no Rio de Janeiro, como não conseguiram Willegaignon e Bois-lo-Conte de 1555 a 1557, nem Duclerc em 1710, nem Duguay-Trouin em 1711.

O fato veio demonstrar que os franceses só podiam firmar-se na cidade do Rio de Janeiro entrando nela à sombra das francesas.

E as francesas começaram a chegar e a estabelecer-se com a dominação de modistas nas Ruas Direita, dos Ourives, do Cano (hoje Sete de Setembro) em 1818, 1819 e 1820.

Caso célebre!... nenhuma na Rua do Ouvidor!... e com certeza nenhum francês nessa mesma rua, que aliás lá tinha casas inglesas.

As francesas eram modistas; falava-se com louvor de uma ou de outra; elas, porém, viviam separadas, não tinham autonomia, eram elementos dispersos, emigrantes de Paris, sem colônia organizada, parisienses sem Paris, enfim.

De súbito, e como de plano, mas sem que o tivessem consertado, pronunciou-se, de 1821 a 1822, a hégira das modistas francesas para a Rua do Ouvidor. Quem foi a primeira a ir tomar ali seu posto?... Não sei ao certo; creio, porém, que foi Mlle Joséphine, de quem me ocuparei oportunamente.

O fato é que no fim de três ou quatro anos quem queria entender-se com alguma modista francesa ia à Rua do Ouvidor; que entrou em sua época de florescimento, de encantamento, de espavento e de esbanjamento, marcada pela hégira, como a era de Maomé, o inventor das houris e do paraíso endemoninhado por todas as tentações imagináveis.

Que razão levou as modistas francesas a desertar, a fugir (hégira) da Rua Direita, então a principal e mais rica do comércio, e da dos Ourives, nesse tempo e ainda muitos anos além toda de prata, de ouro, de esmeraldas e de brilhantes, para a Rua do Ouvidor ainda relativamente obscura?...

Que o expliquem os sábios da escritura: eu não o sei, e apenas tenho para mim que foi mesmo - predestinação.

E após as modistas, à sombra das francesas vieram quase logo franceses abrir, na mesma Rua do Ouvidor; lojas de fazendas e de objetos de modas, para senhoras e homens, de perfumarias, de cabeleireiros, etc.

Fato curioso, observação positiva, e que faz vontade de rir: os negociantes portugueses que havia na Rua do Ouvidor não se incomodavam com a invasão francesa; os ingleses, porém (aliás muito poucos), foram desertando, de modo que, no fim de seis anos, a poderosa Albion não teve mais ali um único representante.

Asseveram que o antagonismo internacional fora a causa principal da retirada dos ingleses.

Falando-me sobre esta pelo menos aparente ou suspeitosa repugnância inglesa à vizinhança dos franceses, um amigo, crônica viva daqueles tempos, contou-me o seguinte caso, que eu não dou por averiguado, e que somente reproduzo para mitigar a monotonia deste capítulo.

Diz o meu informante que o primeiro súdito de S. M. Britânica que se mudou ou fugiu da Rua do Ouvidor fora um negociante que ali tinha loja ou depósito de calçado exclusivamente inglês.

O verdadeiro nome deste homem não ficou lembrado. Chama-lo-ei Williams.

Mr. (mister) Williams já qüinquagenário era alto, magro, ossudo, de rosto branco e um pouco pálido, de cabelos ruivos usados muito curtos, e de barba sempre diária, total e perfeitamente feita: e, o que mais importa, era honrado, muito grave, celibatário, de costumes severos, inglês antifrancês até à medula dos ossos, e original.

Desde que se pronunciou a invasão francesa, Williams fez sentir aos patrícios o seu aborrecimento àquela gente vil e insolente; vil, porque comia mais verduras do que batatas, e insolente, porque multiplicava em suas lojas retratos e bustos de Napoleão, sem apresentar um só busto, nem um só retrato do Duque de Wellington.

A zanga britânica de Williams aumentou com o estabelecimento de uma loja de modista francesa defronte da sua, causando-lhe, sobretudo, horripilações e revoltas do ânimo honestíssimo Mlle Lucy, jovem parisiense e costureira da loja, de procedimento leviano, travesso, e provocador de namoradas liberdades.

Williams detestava Mlle Lucy, e Mlle Lucy, que o percebeu, vingava-se, sorrindo marotinha para ele, de cada vez que podia encontrar-lhe os olhos.

E era certo um sobrolho cerrado, ou algum gesto de reprovação e de desprezo, em resposta ao sorriso da jovem costureira, a quem isso mesmo divertia.

Um dia entrou na loja de calçado um homem de sério exterior, e disse a Williams com o mais simples e inocente modo:

— Monsieur; quero escolher sapatos.

Eram de uso os sapatos abotinados ingleses; mas o irrefletido comprador, entrando em loja de rua já afrancesada, tratara Williams por monsieur.

Williams impertigou-se e respondeu de mau modo:

— Monsieur é tratamento de francês; eu ser inglês, que se trata mister; tu vem enganada... sapato francês não entra nesta casa. Vai adiante.

E voltou as costas ao homem que viera comprar calçado e saiu ressentido da injusta descalçadeira.

Infelizmente para Williams, Mlle Lucy, que então passava, observou a cena, e em parte por vingança de francesa, em parte por gosto de zombaria, determinou atormentar o inglês.

E logo no mesmo dia e nos cinco ou seis seguintes Mlle Lucy, sempre que sala da loja onde trabalhava ou para ela vinha, passava pela frente da loja do inglês, e dizia alto com sua voz argentina, e sorrindo com agrado malicioso:

— Bon jour, Mr. Williams!

— Bon soir, Mr. Williams!

E isso, mas só isso repetidas vezes em cada dia.

Williams encolerizava-se; franzia as sobrancelhas; mas, grave inglês que era, não podendo maltratar com palavras uma mulher, não respondia nunca à jovem costureira francesa.

Mlle Lucy, encorajada pela paciência do inglês, entrou na loja de calçado, sentou-se sem-cerimônia em uma cadeira baixa, e disse, como costumava:

— Bon jour, monsieur Williams!

O inglês, severo e pudico, respondeu pela primeira vez, corando fortemente, e com voz trêmula pela ira:

— Non compreende nada francês...

Mlle Lucy, fingindo não perceber a indignação do inglês, avançou um dos pés, mostrou-o todo, e continuou dizendo, ou antes, perguntou em português mal-pronunciado:

— Monsieur Williams, tem na sua loja sapatinho para meu pé?

O inglês, instintivamente, ou por hábito de oficio, fitou os olhos no pé que estava exposto; mas imediatamente voltou-se e exclamou, retirando-se para o fundo da loja:

— Non! procura calçado francês! deixa minha casa!

Mlle Lucy saiu a rir, dizendo somente ao retirar-se:

— Bon jour, monsieur Williams!...

O inglês estava furioso; mas apesar da fúria, na lembrança lhe ficara o pé de Mlle. Lucy.

Não era pé verdadeiramente francês, era-o antes de espanhola, ou melhor, de brasileira: pé delgado, pequenino e de suaves proporções.

Realmente Williams não tinha sapatinhos para aquele pé mimoso na sua loja de calçado inglês.

E a convicção de que não havia miss, nem lady, que não havia, enfim, inglesa que tivesse pés como aquele que Mlle Lucy mostrara, exacerbava a cólera de Williams.

Mas o lindo pé da costureira francesa ficara perfeitamente medido na memória, e encantadora e infelizmente representado nu, branco, delgado, pequenino e delicadíssimo na imaginação do severo e pudico inglês, que aborreceu muito mais Mlle Lucy por ser possuidora daquele tesouro, que nenhuma inglesa poderia ostentar.

E a travessa francesa continuou a entreter-se, repetindo por vezes cada dia as suas doces e zombeteiras saudações Bonjour e Bon soir, monsieur Williams!

Na tarde de um domingo, em que safra a passear, Mlle Lucy, achando Williams a meditar, sentado em um dos bancos da bela varanda do Passeio Público, tomou, sem que fosse sentida, assento junto dele, e arrancou-o à meditação, murmurando-lhe ao ouvido:

— Monsieur Williams sonha com Mlle Lucy...

Williams levantou-se rápido, como a um choque elétrico, e retirou-se logo, e gravemente, sem voltar os olhos para a zombeteira francesa.

Mlle Lucy tinha quase adivinhado.

O severo inglês estava, com efeito, pensando, não nela, mas no lindo pé que ela tinha mostrado a pedir um sapatinho.

A costureira era bonitinha de rosto e graciosa de figura; Williams, porém, não lhe achava nem boniteza nem graça, tinha-a em reprovação por leviana, em aborrecimento pela insistente zombaria das saudações em francês, e todavia a lembrança do pezinho ia aos poucos atordoando-o.

Mlle Lucy, esperta e hábil, percebeu alguma alteração nos modos do inglês, e, ou por cálculo, ou em requinte de abusiva mofa, desfez-se em requebros, fingindo-se amorosa; mas perdeu uma semana sem conseguir o mais leve sinal de afeição.

A francesa empregava em vão o seu francês e não compreendia o inglês.

Veio-lhe a luz em um dia de chuva.

Durante a noite e madrugada chovera a cântaros: a Rua do Ouvidor; intransitável até às sete horas da manhã, ainda estava mais ou menos encharcada às oito horas, em que Mlle Lucy pôde incomodamente acudir ao seu trabalho na loja da modista.

A costureira vinha andando cuidadosa, e para poupar o mais possível os vestidos, arregaçava-os um pouco, deixando completamente expostos os pés, e, vendo Williams à porta de sua loja de calçado, disse-lhe, como já de costume o fazia:

— Bon jour, monsieur Williams!...

O enfezado inglês não respondeu, e voltou o rosto carrancudo; Mlle Lucy, porém, notou que, ainda voltando o rosto, Williams cravara, embebera olhos ardentes, cobiçosos, atônitos em seus pés mignons.

— Eureka!... disse consigo a maliciosa e endemoninhadinha francesa.

E desde então, de cada vez que vinha para a loja, ou saía, Mlle Lucy, dizendo

— Bon jour ou bon soir; monsieur Williams!..., com suas mãos brancas e pequeninas arregaçava os vestidos tanto quanto era preciso para deixar ver os pés.

Williams perdeu de todo a cabeça.

Paixão original, excêntrica, desassisada embora, Williams ardeu em paixão pelos pés de Mlle Lucy, a quem aborrecia, e julgava leviana e até feia, principalmente por ser francesa.

Uma noite o severo inglês chegou a carregar uma pistola para suicidar-se, mas não se matou, porque não achava então meio prático de cair e expirar abraçando os pés de Mile Lucy.

No outro dia, obedecendo a melhor conselho, alugou casa em rua muito apartada da do Ouvidor e na manhã seguinte achava-se mudado.

Foi este o primeiro negociante inglês que desertou da Rua do Ouvidor; invadida por franceses.

Mas o meu informante completa esta tradição, que mais me parece romance, dizendo que, dois meses depois, Mlle Lucy foi surpreendida uma manhã recebendo um par de sapatinhos pefeitamente adaptados a seus pés, e com esta simples indicação de procedência: Depósito de calçados inglês de... Williams, rua de n..."

E, informação final, no fim de mais um mês passado além da remessa e do recebimento do par de sapatinhos, Mlle Lucy chamava-se Mme Williams, pois que, firmada em seus pés, exigente e déspota francesa, impusera ao seu acalcanhado inglês antifrancês ser tratada e conhecida por madame e não por miss Williams.

Esta singular história de amorosa paixão, excitada pelo mimo e lindeza de um pé de mulher, somente seria verossímil em excentricidade inglesa, se por sua própria natureza o amor não fosse verossímil ainda nas mais imagináveis inverossimilhanças.

Referi o caso de Williams e de Mlle Lucy: quem quiser que o tome por verdadeiro ou imaginado, e agora deixem-me prosseguir seriamente na exposição das Memórias que escrevo.

Rompera, enfim, a época da real e crescente celebridade Rua do Ouvidor pela dominação da Moda de Paris, essa rainha despótica que governa e floresce decretando, modificando, reformando e mudando suas leis em cada estação do ano, e sublimando seu governo pelo encanto da novidade, pela graça do capricho, pelas surpresas da inconstância, pelo delírio da extravagância, e até pelo absurdo, quando traz para o rígido verão do nosso Brasil as modas do inverno de Paris.

A Rua do Ouvidor tornou-se quase logo até além da Rua dos Latoeiros comercial e principalmente francesa, e Sua Majestade a Moda de Paris, déspota de cetro de flores, sedas e fitas, fez mais do que o Marquês de Lavradio, que acabara com os peneiros, mais do que o Intendente Geral da Polícia Paulo Fernandes, que mandara destruir as rótulas, porque, num abrir e fechar de olhos, alindou a rua com graciosas, atraentes e enfeitadas lojas e criou e multiplicou aquele chamariz e laços armados que se chamaram e ainda alguns chamam - as vidraças da Rua do Ouvidor - verdadeiro puff plástico.

A loja francesa de modista, de florista, de cabeleireiro e perfumarias, de charutaria (o cigarro era então banido como ínfimo plebeu) tinha, como ainda hoje se observa, uma única porta livre para a entrada das freguesas e fregueses, e outra porta ou duas portas cerradas de alto a baixo por grosso, mas transparente, anteparo de vidro, e atrás desse anteparo a loja expunha ao público os seus encantadores tesouros.

Tais eram, como continuam ser, as então chamadas vidraças da Rua do Ouvidor.

Era e é ainda preciso ter muito cuidado com elas.

Explorando o concurso favorável do vidro, a variedade e a combinação das cores, e os efeitos da luz, os artistas sui generis arranjadores dos objetos expostos nas vidraças os dispõem e apresentam com habilidade magistral, de modo a produzir ilusões de ótica perigosas para a bolsa do respeitável, que, prevenido pelo que enlevara os olhos, muitas vezes compra gato por lebre.

Eu tenho para mim que foi na contemplação e no estudo físico e moral das vidraças da Rua do Ouvidor que os nossos estadistas organizadores de gabinetes ministeriais aprenderam a arte de expor programas de ministérios novos.

Em todo caso as vidraças de exposição mais ou menos ricas, fantásticas e deslumbrantes enfeitaram a Rua do Ouvidor, que logo foi tida em conta de a mais bonita da cidade e naturalmente mereceu a predileção e a concorrência mais graciosa e aditadora.

As senhoras fluminenses entusiasmaram-se pela Rua do Ouvidor, e foram intransigentes na exclusiva adoção da tesoura francesa. Nem uma desde 1822 se prestou mais a ir a saraus, a casamentos, a batizados, a festas e reuniões sem levar vestido cortado e feito por modista francesa da Rua do Ouvidor.

Houve revolução econômica: os pais e os maridos viram subir a cinqüenta por cento mais a verba das despesas com os vestidos e os enfeites das filhas e das esposas.

A rainha Moda de Paris firmou seu trono na Rua do Ouvidor.

Como é sabido, cuidava-se ainda então muito pouco da instrução do sexo feminino: pois bem; algumas senhoras fluminenses deram-se logo com interesse e gosto ao estudo da língua francesa.

Um dia um tio velho e rabugento perguntou à sobrinha, que escapara de ficar analfabeta:

— Menina, por que te meteste a aprender o francês, quando ainda ignoras tanto o português?...

— Ah, titio!... é tão agradável ouvir dizer três joile! em português não há isso.

Quase tudo se foi afrancesando.

No décimo sexto século, Villegagnon, e após ele Boisle-Comte, com centenas de soldados, e com apoio mal-dissimulado do governo francês não puderam manter a conquista da baía do Rio de Janeiro, de suas ilhas e pontos do continente, e ver realizar as aspirações da França Antártica.

No século décimo nono, em um dos dois anos, em 1822, enfim, uma dúzia (nem tanto) de francesas sem peças de artilharia, nem espingargas, nem espadas, e apenas com tesoura e agulhas fundaram suave e naturalmente, e sem oposição nem protestos, a França Antártica na cidade do Rio de Janeiro.

A França Antártica é a Rua do Ouvidor desde a Primeiro de Março até a Praça de S. Francisco de Paula.

Honra e glória, pois, às modistas francesas que na sua hégira de 1821 a 1822 se acolheram àquele oásis, àquela predestinada Rua do Ouvidor, da qual fizeram pequena, mas feiticeira filha de Paris, e donde, sob o cetro da Moda, puderam logo em 1822 alçar o grito - Vive la France! - grito ainda hoje eletricamente correspondido até pelo finadíssimo, mas perpétuo, redivivo urso de Mr. Cassemajou.