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Na beira da lagoa

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Como um tapete de risos
Num campo de paz fecundo,
Em cujos variados frisos
De prazeres brinca um mundo.

Ao ar sadio da aurora
Assim me parece o bando
Das aves que, a toda hora,
Vivem alegres vadiando.

Nas aguapés agrupados
A tona das águas brandas
Que o vento enruga de leve.

E vêm descendo as manadas
Para as marginais varandas
De areia da cor de neve.