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O Avô

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Este, que, desde a sua mocidade,
Penou, suou, sofreu, cavando a terra,
Foi robusto e valente, e, em outra idade,
Servindo à Pátria, conheceu a guerra.
Combateu, viu a morte, e foi ferido;
E, abandonando a carabina e a espada,
Veio, depois do seu dever cumprido,
Tratar das terras, e empunhar a enxada.
Hoje, a custo somente move os passos...
Tem os cabelos brancos; não tem dentes...
Porém remoça, quando tem nos braços
Os dois netos queridos e inocentes.
Conta-lhes os seus anos de alegria,
Os dias de perigos e de glórias,
As bandeiras voando, a artilharia
Retumbando, e as batalhas, e as vitórias...
E fica alegre quando vê que os netos,
Ouvindo-o, e vendo-o, e lhe invejando a sorte,
Batem palmas, extáticos, e inquietos,
Amando a Pátria sem temer a morte!