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O Canto dos Presos

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Troa, a alardear bárbaros sons abstrusos,

O epitalâmio da Suprema Falta,

Entoado asperamente, em voz muito alta,

Pela promiscuidade dos reclusos!


No wagnerismo desses sons confusos,

Em que o Mal se engrandece e o Ódio se exalta,

Uiva, à luz de fantástica ribalta,

A ignomínia de todos os abusos!


É a prosódia do cárcere, é a partênea

Aterradoramente heterogênea

Dos grandes transviamentos subjetivos...


E a saudade dos erros satisfeitos,

Que, não cabendo mais dentro dos peitos,

Se escapa pela boca dos cativos!


(Outras Poesias, 24)