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O Pólo

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"Pára, conquistador intimorato e forte!

Pára! que buscas mais que te enobreça e eleve?

E tão alegre o sol! a existência é tão breve!

E é tão fria essa tumba entre os gelos do norte!

Dorme o céu. Numa ronda esquálida, de leve,

Erram fantasmas. Reina um silêncio de morte.

Focas de vulto informe, ursos de estranho porte

Morosamente vão de rastros sobre a neve..."

Em vão!... E o gelo cresce, e espedaça o navio.

E ele, subjugador do perigo e do medo,

Sem um gemido cai, morto de fome e frio.

E o Mistério se fecha aos seus olhos serenos...

Que importa? Outros virão devassar-lhe o segredo!

Um cadáver de mais... um sonhador de menos...

(As Viagens, XI)