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O meu ramo!

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O MEU RAMO!

 
ao meu amigo
 
Manoel da Costa Carmo.
 

Despidas do odôr
Que tem no primor
As flôres d’amor
Um ramo compuz
É todo singello
Meu unico anhélo
Da côr do meu zelo
Que nellas eu puz. —

Saudades são ellas
Tão rôxas e bellas
Que só nas estrellas
Eu posso encontrar
O lume brilhante
Mimoso e fragrante
Que nellas constante
Costumo mirar!

Não tem a magia
Qu’enleva e extasia
No peito d’Armia
A roza no albôr —

Sorrindo-se airosa
Tão meiga e radiosa —
Qu’exprime vaidosa
Só falas d’amor!

Não tem a brancura
Qu’exprime candura
Tão maga e tão pura
Do niveo jasmim —
Nem cravo qu’inspira
O Bardo na lyra
No odor que delira
No rubro carmim! —

Mas todo saudade —
Tem flor d’amizade —
Qu’exprime bondade —
Que tem coração —
Sem ter o que encerra
Nos odios e guerra
Do mundo e da terra
D’amarga illusão.