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Obras poeticas de Ignacio José de Alvarenga Peixoto (1865)/A mesma rainha, implorando-lhe a commutação da pena de morte

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A MESMA RAINHA
IMPLORANDO-LHE A COMMUTAÇÁO DA PENA DE MORTE, QUE
LHE FÔRA IMPOSTA

A paz, a doce mãi das alegrias,
O pranto, o luto, o dissabor desterra;
Faz que s’esconda a criminosa guerra,
E traz ao mundo os venturosos dias;

Desce, cumprindo eternas prophecias,
A nova geração dos céos á terra;
O claustro virginal se desencerra,
Nasce o Filho de Deos, chega o Messias.

Busca um presepio, cahe no pobre feno
A mão omnipotente, a quem não custa
Crear mil mundos ao primeiro aceno.

Bemdita sejas, lusitana augusta!
Cobre o mar, cobre a terra um céo sereno,
Graças a ti, ó grande, ó sabia, ó justa!