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o Rocha Veiga, o Alves Vicente, negociantes de tendas mesquinhas, professores muito retóricos, o Capela, que ensinava francês, o Pereira Caldas, soneteiro e polígrafo, o velho Abreu bibliotecário, lacrimoso, o Pinheiro, muito grande, filósofo sensualista, mas bom vizinho, todos à volta do Monte Alverne, um cónego muito assanhado, que foi, meses depois, comandante da brigada dos serezinos.

Cerveira Lobo impunha e dominava com as suas barbas, o trajar asseado com muito lustro, e o bater metálico, patarata, das esporas. Abriram-lhe passagem, rodeavam-no cavalheiros da primeira plana, os Vasconcelos do Tanque, os Magalhães, o Freire Barata, o Cunha das Travessas, a gema daquele enorme ovo realista, chocado no seio da religião da Carlota Joaquina, do conde de Basto e do Teles Jordão. O Cerveira perguntava aos seus: — É? — uns encolhiam os ombros, outros negavam gesticulando. E ele, com intimativa:

— Pois saibam que é!

O Manuel de Magalhães dizia ao ouvido do Henrique Freire:

— Deixa-o falar, que está idiota.