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dizia trapos e farrapos. A sua paixão não tinha outro respiradouro. Além disso, não podia esquecer-se da nádega exposta pelo cão às descompostas gargalhadas da rapariga. Era uma vergonha crónica. E, para remate de desastres, voltava para as Lamelas, a ouvir as rabugices do pai que lhe chamava cavalgadura — que se deixasse de política e fosse fazer paredes, que é o que ele sabia.

Constava-lhe demais a mais que o José Dias, o estudante, estava sempre em Prazins, e tinha ido com Marta e mais o Simeão ao fogo preso da romaria de Santiago da Cruz. Viram-nos todos três a tomar café de madrugada numa barraca, a cochicharem os dois muito aconchegados, enquanto o velho tosquenejava a dormitar.

O pai de José Dias, o Joaquim de Vilalva, era uni lavrador de primeira ordem. Lavrava quarenta canos de milho e centeio, uma pipa de azeite, dez de vinho, muita castanha, tinha três juntas de bois chibantes e poldros de criação. O José, meeiro no casal, a não se ordenar, era um dos primeiros casamentos do concelho.