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— Os filhinhos... — atalhou Adolfo sentimentalmente.

— Não, senhor — acudiu a dama de Carlota Joaquina —, não são os filhos. O coração de mãe só se enche do amor aos filhos quando se evapora o amor aos pais. Eu nunca amei este homem. Impuseram-me o casamento, aproveitaram-se do despeito que eu sentia pelas ingratidões de um conde que eu amava, e casaram-me à pressa. O carácter deste homem não piorou com a desgraça da política; ele é o que sempre foi, com a diferença de que na corte embriagava-se com os fidalgos, no Alfeite e em Queluz, e por lá dormia. As mulheres que corrompia ou o corrompiam não eram minhas criadas nem minhas conhecidas; e, se o eram, eu apenas tinha a convicção de que ele era um devasso. Tenho cinco filhos deste homem; mas basta que eu lhe diga, Sr. Dr. Adolfo, que são dele, são os produtos amaldiçoados de uma obrigação estúpida — a aviltadora obrigação de ser mãe quando se é esposa.

Tinha dito. O bacharel nunca ouvira coisa