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a carne
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Joaquim Cambinda acendera um cachimbo de longo canudo, e fumava tranquilo, sem parecer dar fé dos circunstantes.

Cerca de meia hora levou absorto, com os olhos cerrados meditando, cochilando, a puxar fumaças, morosamente, preguiçosamente.

Quando se consumiu o carrego do cachimbo, sacudiu as cinzas, bateu-o bem, cuidadosamente, soprou-lhe o canudo, encostou-o à parede. Ergueu-se e, lento, titubeante, monstruoso, caminhou para o oratório, chegou, abriu-lhe as folhas da porta de par em par, tirou para fora duas velas de cera que estavam dentro, em castiçais de latão, riscou fósforos, acendeu-as, iluminou o interior do nicho, revestido de papel de prata, mareado.

Dois eram os divos desse mesqui