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a carne
lho, a pôr uma mancha de alvadia e movediça no amarelo baço do caminho, ela corria à porteira da cerca, a encontrá-lo.
Tomava com mão febril o surrãozinho de sola em que vinha a correspondência, abria-o, e, como só caíssem jornais, perguntava nervosa, trêmula, afagando ainda um resto de infundada esperança:
—E as cartas, onde estão as cartas?
É indescritível o seu desapontamento, a sua cólera mesmo ao ouvir a resposta do moleque, voz lenta, doce, meio cantada, indiferente:
—Carta não tem.
Aborreceu-se, não o mandou mais à vila buscar o correio, e, quando ele, de si próprio, lhe ia entregar os jornais, dizia ela com mau modo:
—Ponha lá em cima da mesa.
Um dia, a destacar-se no emara-