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a carne
semicerrou as janelas, deixando apenas interstício por onde entrasse a luz necessária. Não queria ser vista, não queria que ninguém a pudesse incomodar.
A tremer, com as mãos tactas, despedaçou o envelope, impacientemente, brutalmente quase.
A carta constava de muitas folhas de papel paquete, pelure d’oignon, cobertas de letra cursiva em todas as laudas, tudo numerado muito em ordem.
Lenita leu:
« Santos, 22 de janeiro de 1887.
« Minha prezada companheira de estudos.
Aqui estou, pela primeira vez em minha vida, no porto de mar de nossa província, em Santos, terra cálida, úmi-