Página:A Carne.djvu/263

Wikisource, a biblioteca livre
a carne
249

— Bebeu café, uma meia tijella.

— Donde veiu o café?

— Veio da senzalla de pai Joaquim.

— Joaquim Cambinda?

— Sim, sinhô moço.

Barbosa foi ao seu quarto e, após breve demora, voltou com um frasquinho, meio de um liquido claro como agua. Pediu uma colher; trouxeram-lh’a. Chamou a enferma, juncto do ouvido:

— Maria!

A negra não respondeu.

— Maria! repetiu ele em voz mais alta.

A preta tentou sahir do estado soporoso em que se achava, procurou levantar a cabeça, não conseguiu; deixou-a recahir pesadamente no travesseiro, proferindo uns sons inconnexos, semi-inarticulados. De sob as suas roupas exhalava-se um cheiro fetido de materias fecaes.