296
a carne
Os urús fizeram uma revoada temerosa, fugiram em todas as direções.
Com admiravel presença de espirito, Lenita sentou-se no chão, descobriu a perna, tirou o sapato e a meia.
Na pelle alvissima do peito do pé viam-se dois arranhões parallelos, pequenos, de pouco mais de um centimetro de comprimento.
Lenita espremeu-os, limpou-os de uma como serosidade amarella que continham, tirou a fita que lhe prendia a trança, amarrou a perna, acima do tornosello, apertou muito a atadura.
Depois gritou pela rapariga, mandou que chamasse Barbosa a toda pressa.
Barbosa não se demorou.
Ao dar com Lenita, pallida, sentada no chão da ceva, sem espingarda, com o pé descalço, ficou pasmado, não sabendo o que pensar.