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nunca fala, nunca disserta sobre coisas de gramático.

Veio receber-me um dos proprietários da loja, rapaz afável, parisiense nos modos, flor na botoeira do paletó, sorriso engatilhado.

Fiz alguns pedidos: tomou nota deles, para mandar-nos a casa, o outro sócio, irmão creio, do primeiro; moço grave, sério, de fisionomia leal, sempre ao bureau, sempre a escrever, tipo acabado do português antigo, trabalhador, honesto, pontual, pé de boi.

Em frente - a Casa Garraux, vasta Babel, livraria em nome, mas verdadeiramente bazar de luxo, onde se encontra tudo, desde o livro raro até a pasta de aço feita, passando pelo Cliquot legítimo e pelos cofres a prova de fogo.

Lá fui ver a exposição permanente.

Mal tinha eu entrado, entrou também