Belo homem, Ramalho Ortigão, já adivinhou.
Um dos que o acompanhavam era um rapaz alto, cheio de corpo, alvo de cabelos castanho-claros, quase louros, ondeados, de bigode crespo, de lábio inferior coroado, úmido; um causeur adorável, que o mestre disse-me ter encontrado uma vez em Campinas, e a quem eu fui apresentada um dia destes, em uma festa de anos, Gaspar da Silva.
Ramalho entrou em conversas com um dos sócios da Casa Garraux: eu, fingindo que examinava um livro, prestei-lhe toda atenção. Apanhei, dissequei, analisei cada uma de sua palavras.
Voz agradável, bem timbrada; pronúncia distinta, corretíssima; sotaque alfacinha puro, estranho, muito estranho a ouvidos paulistas.
Ramalho Ortigão é incontestavelmente